A reabilitação interior de uma casa construída em 1951 procurou manter a essência da imagem original enquanto adaptava os espaços ao novo programa desejado. O projeto respeitou as características históricas e arquitetónicas do imóvel, preservando detalhes significativos que remetem ao estilo da época, ao mesmo tempo em que integrou elementos contemporâneos para atender às necessidades modernas.
A intervenção foi guiada por princípios da arquitetura biofílica, criando uma conexão harmoniosa entre o interior e o exterior. Utilizou-se uma paleta de materiais e cores que evocam a natureza circundante da quinta onde a casa está inserida. A madeira, com tons claros, foi escolhida como o material predominante, proporcionando uma sensação de calor e proximidade com a natureza. Tons verdes foram incorporados nos acabamentos e na decoração, trazendo frescor e vitalidade ao ambiente.
O objetivo foi criar espaços interiores que refletissem o ambiente externo, estabelecendo uma continuidade visual e emocional com a paisagem da quinta. Grandes janelas e aberturas foram utilizadas para maximizar a entrada de luz natural e oferecer vistas panorâmicas dos jardins e áreas verdes, permitindo que a beleza exterior permeasse o interior da casa.
Cada cômodo foi cuidadosamente repensado para equilibrar a preservação de elementos históricos com a funcionalidade moderna. A conjugação de materiais naturais e cores suaves promoveu um ambiente sereno e acolhedor, que não só respeita o passado da casa, mas também celebra a sua integração com a natureza.
Esta reabilitação resultou em um interior que combina a elegância do design original com influências biofílicas contemporâneas, criando um espaço que é ao mesmo tempo fiel à sua herança e adaptado às demandas de uma vida moderna e conectada com o ambiente natural.
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